Plus traz o universo da série para o portátil da Nintendo, adotando um estilo de lutas em tempo real controladas pelo Touch Screen. Para a versão Nintendista, a produtora responsável foi a Mistwalker e Brownie Brown, fundada em 2000 por ex-funcionários da Square, e também responsáveis pelo Mother 3 da Nintendo.
A estória se desenrola pouco tempo depois do primeiro jogo do XBOX. Quem não jogou vai ficar bem perdido, então é bom pegarem ele antes, ou ter um embasamento pelo anime, para pelo menos conhecer melhor os personagens.
O jogo se limita a descrever os personagens com vagas informações em poucas linhas, como se partisse da premissa que o jogador já tenha se aventurado na outra versão.
O jovem aventureiro Shu e seus amigos descobrem que o mundo está ameaçado novamente pela força do vilão ancestral Nene, que havia sido derrotado, mas voltou misteriosamente. Agora, quase todos os humanos podem controlar sua sombra especial, que dá poderes mágicos a seu controlador.
É desta forma que vários novos personagens entram em batalha junto com você como é o caso do avô de Shu e do rei Jibral.
A Brownie Brown também é responsável por Heroes of Mana,do Nintendo DS.
E isso explica muita coisa em relação à jogabilidade. Plus pode até ser considerada uma adaptação da série nos mesmos moldes de Heroes of Mana.
Você assume o controle de todos seus personagens em cenários em 2D com visão isométrica. Com o D-Pad você controla a câmera e com o R e L pode girar a visão. Todos os demais comandos são feitos na tela de toque.
Ao selecionar um personagem, é possível usar os ataques especiais com as sombras, recuperar a energia utilizando um item ou se movimentar. Como você deve imaginar, não há segredos para atacar: você clica no personagem e no alvo. Pronto.
O que complica um pouco esse sistema é que a inteligência artificial segue rotas estranhas e às vezes trava atacando um adversário que estava por perto. Como tudo acontece em tempo real, ás vezes é complicado conseguir vistoriar o que está acontecendo com todos os seus personagens ao mesmo tempo, o que pode causar algumas dores de cabeça em batalhas mais complicadas.
A estratégia nos combates é focada no tipo de habilidade que cada personagem possui. Zola, por exemplo, tem pouco HP e defesa, porém é a mais ágil do grupo para se movimentar, o que faz dela uma ótima opção para abrir os diversos tesouros espalhados no mapa.
O sistema de batalha é divertido e funciona de maneira eficiente em boa parte do tempo, mas é comum a falta de alguns recursos atrapalharem. Por exemplo, para selecionar um de seus lutadores é preciso procurar por ele em todo o cenário ou clicar um atalho que alterna entre cada um deles, por vez.
Nenhuma das duas soluções se mostra muito prática quando você quer fazer uma ação emergencial, caso muito comum, já que estamos falando de um RPG Tático em tempo real.
Um dos acertos da equipe de produção foi adicionar um atalho para selecionar todos os personagens ao mesmo tempo ou parar o tempo e desenhar um circulo envolta dos que você quer selecionar.
Após fazer o desenho, o tempo volta ao normal e você pode designar uma ação para o grupo escolhido.
Vale destacar que Plus conta com quase uma hora de cenas em CG. Além de estarem com uma ótima compactação e qualidade, essas cenas tornam o game mais rico em detalhes e com um aspecto muito melhor.
Blue Dragon é um bom jogo. A escolha do DS foi uma bela opção da equipe e contribuiu para popularizar mais o Shu e sua turma.
Quem já jogou Heroes of Mana ou Final Fantasy XII: Revenant Wings, não terá problemas para se adaptar ao estilo do Plus.
Nota: 85