Términos de RPGs

Pokémon: Alpha Sapphire finalizado!

Esse jogo (junto com o Omega Ruby) são remakes dos jogos Ruby & Sapphire, do Game Boy Advance.
O jogo introduziu a 3ª geração dos monstrinhos de bolso, se passando na região de Hoenn.
Particularmente, eu não sou muito fã dessa Pokédex de Houenn. Eu não gosto da maioria dos Pokémon e poucos deles eu colocaria na minha lista de favoritos.
Muitos fãs consideram essa a pior geração, mas vai de gosto de cada um.

Em termos de dificuldade, eu achei esse jogo facílimo!
Logo no início do game o jogador já ganha o item Exp. Share, que faz com que todos os Pokémon da party ganhem experiência sem precisarem participar de batalhas.
Logo no começo o jogo já facilita a evolução dos Pokémon do jogador, fazendo mais fácil eles evoluírem.
E, detalhe: O uso do item original nos jogos antigos funcionava equipando ele somente em um Pokémon, e somente esse Pokémon equipado com o item ganhava experiência sem precisar entrar em batalha, não todos do grupo.
Aqui nesse jogo, não precisa equipar em nenhum Pokémon, só ter o item já faz todos os Pokémon ganharem XP.
Resultado: Vários dos meus Pokémon já estavam fortes e evoluídos em comparação com os Pokémon dos outros treinadores. Tipo, uns 10 níveis acima.
As batalhas de Ginásio não ofereceram nenhum desafio, já que eu derrotava os Pokémons dos Líderes de Ginásio com um único golpe.
Foi assim até na Elite Four.
Por isso que, em termos de dificuldade e desafio, o jogo vai decepcionar. Acaba sendo uma experiência bem fácil e nada desafiadora.

Os antagonistas desse capítulo não são a clássica Equipe Rocket, mas a Team Aqua e a Team Magma.
Esses novos antagonistas têm um objetivo até compreensível, ao invés da Equipe Rocket original, que já eram vilões que exploravam e capturavam os Pokémon para usar os poderes deles para fins questionáveis.

Em termos de mecânicas novas, tem a Mega Evolução, que ao adquirir certos tipos de pedras e equipá-las aos Pokémon certos, eles podem fazer a Mega Evolução.
Tem várias dessas pedras espalhadas por Hoenn, mas precisa ter os Pokémon certos capturados para poder usa-las.
Também dá para explorar embaixo do oceano e até batalhar embaixo d'água. Foi a primeira vez na franquia que eu vi essa exploração e batalhas subaquáticas.
Tem também o Concurso Pokémon, onde podemos participar com um Pokémon em um concurso onde eles terão que exibir suas habilidades em várias categorias: Coolness, Beauty, Cute etc.
O jogador pode aumentar os stats dando berries para os Pokémon e eles vão aumentando os atributos. Certas berries aumentam Coolness, outras o stat Beauty, e assim por diante.
Eu não tive tanto interesse em fazer esses concursos. Muito menos ficar plantando e colhendo as Berryes. Foi um mini-game que eu achei bem meh. Mas tem uma side-quest envolvendo uma Idol desse concurso.

O anime dessa geração é o Advanced Battle.
Que foi a temporada onde o elenco principal foi trocado, com exceção do Brock, e adicionaram a nova heroína May, que é uma das rivais no jogo.

Na segunda abertura do desenho W.I.T.C.H, tem um easter-egg de Pokémon, no papel de parede do quarto da protagonista tem os inicias de Hoenn:

Persona 2:Eternal Punishment finalizado!

Essa versão de PSP é um remake do jogo original lançado nos anos 90.
O jogo nunca foi lançado oficialmente no Ocidente, mas recebeu a tradução de fãs em 2022.
É a continuação de Persona 2:Innocent Sin, se passando após os eventos do primeiro jogo, dessa vez com a Maya Amano sendo a protagonista silenciosa, ao invés do Tatsuya Sudou, protagonista de Innocent Sin.
Inclusive, tem uma rota adicional onde o jogador pode jogar com o Tatsuya sozinho, mostrando o cenário pela perspectiva dele. Pois ele fica aparecendo para a Maya e o grupo principal em algumas partes do jogo.
Só na reta final que ele entra oficialmente no grupo.

A história se passa na cidade fictícia de Sumaru.
Rumores estranhos começam a aparecer sobre uma tal de "Maldição do Coringa(Joker)", que diz que, se uma pessoa telefonar para o próprio telefone, o Joker irá aparecer e amaldiçoar uma pessoa.
A pessoa amaldiçoada será morta pelo Joker e, de fato, vários misteriosos assassinatos começam a aparecer em Sumaru, fazendo o tal jogo do Joker não ser só um mero boato.
Além do Joker, rumores simples e que pareciam inofensivos começam a se tornar realidade, aumentando ainda mais a situação, se os assassinatos já não fossem o suficiente.
Como jornalisa, Amaya Amano é designada para fazer uma história sobre os Assassinatos do Joker, então ela e a colega de apartamento dela, Ulala Serizawa, uma mulher que gosta de "fortune telling", vão até a escola Seven Sisters, onde há rumores e pistas sobre o Joker, já que uma das alunas de lá supostamente amaldiçoou alguém.
Lá, as duas encontram Katsuya Suou, o irmão policial do Tatsuya, o trio então se junta para investigar, até que, quando eles são chamados para a sala do diretor, eles encontram o homem morto, assassinado pelo Joker, ou seja, alguém da escola fez a maldição.
É aqui que o próprio Joker aparece para o trio, evocando demônios para ataca-los, no mesmo momento os três despertam como Persona-users, formando contrato com demônios para lutarem e sobreviverem.
Então a história começa, com Maya e companhia tentando descobrir o mistério sobre o Joker, rumores sinistros se tornando realidade, além de tentar descobrir sobre o próprio passado, que aconteceu no Innocent Sin.

A gameplay é exploração de dungeons e pegando batalhas aleatórias, bem padrão e parecido com os dois primeiros jogos, a gente usa as Personas para lutar e tem a famosa mecânica de conversar com os demônios, dependendo do resultado os jogadores ganham cartas de Tarot, que são necessárias para fundir novas personas no icônico Velvet Room.
As conversas com os demônios são bem lentas e fica pior porque nem sempre os demônios dão cartas, depende muito do resultado da conversa, e eles têm vários humores diferentes: se eles ficarem felizes, eles propõem um contrato com o jogador, aumentando o número de cartas recebidas quando a conversa dá certo.
As cartas são essenciais para criar novas Personas, então o jogador tem que fazer a conversa com os demônios, e isso pode acabar incomodando pois é algo bem lento e nem sempre termina com o resultado esperado.

As Personas vão evoluindo e ganhando ranks à medida que vão sendo usadas em batalha.
Elas aprendem novas Skills e Magias quando sobem de rank.
Dá até para fundir as Skills das Personas, fazendo a Fusion Skill, um ataque poderoso combinado usando as Skills de duas ou três Personas.

Uma mecânica legal e que está relacionada à trama é o "Rumour System", que é o lance dos rumores da cidade se tornarem realidade.
Quando o jogador descobre um rumor, ele pode espalhar ele na agência de detetives, fazendo o rumor se tornar realidade.
Exemplo: um NPC comenta sobre uma loja que vende armas boas, quando o rumor é espalhado ele se torna realidade e armas de qualidade começam a serem vendidas em lojas de equipamentos.
É um sistema bem legal e que está conectado com os temas da história.
Tem toda uma temática envolvendo misticismo, ocultismo, cartomancia, etc. Acho que foi porque esses interesses estavam em alta no Japão dos anos 90. E o jogo original foi lançado nessa década.
Outra mecânica de gameplay é ler a sorte consultando uma cartomante Sumaru Genie.
Dependendo do resultado da leitura, o efeito de batalha muda, se o jogador tirar um Dragon Dourado, o grupo ganha mais experiência, mas menos dinheiro.
Se tirar Dragão Preto, o grupo ganha mais dinheiro e menos experiência, são vários efeitos diferentes. Toda a temática do jogo foi implementada na gameplay e eu achei muito legal.

Outra coisa que me agradou é que o elenco é composto por adultos, ao invés de adolescentes colegiais tentando salvar o mundo, que é o elenco padrão da franquia do 3 em diante.
Os conflitos internos também são bem humanos e realistas, algumas dungeons focam bem o lado psicológico dos personagens, onde a Sombra dos personagens aparecem e eles precisam se confrontar com os sentimentos feios que escondem atrás da "Persona", a máscara social que as pessoas criam.
Tem uma dungeon na metade do jogo que manifesta os pensamentos dos personagens, então eles precisam resistir e tentar não pensar em coisas ruins, para poderem avançar e ficarem seguros.

Outros temas da história também vão desde conspiração à lavagem cerebral, onde uma organização conhecida como "New World Order(Nova Ordem Mundial)" está por trás dos Jokers, tentando manipular as pessoas, fazendo eles entrarem na Ordem, usando os sentimentos negativos delas para evocarem mais Jokers.
A Organização também tenta manipular a mídia, o governo e as massas em ordem para livrar o mundo do pecado, criando uma "mentalidade de Seita/Culto".
São antagonistas humanos e megalomâniacos agindo, e esse tipo de pessoa existe, não são só vilões cartunescos em jogo japonês.
Embora tenha o fator sobrenatural de a Ordem tentar fazer uma evocação para concluir o objetivo deles, mas fica tudo na questão da culpa humana.
Por isso que eu gosto muito dos temas abordados no jogo, saindo um pouco do genérico e clichê.

Persona 2:Eternal Punishment é uma sequência muito boa, eu já gostei da parte 1 então já estava animado para essa parte 2, e posso dizer que não me decepcionou.