Boa noite a todos, fiquei com vontade de escrever um pouco sobre este jogo, tirem os calçados e aproveitem a leitura, de antemão peço perdão pelo trabalho amador neste review.
Faz um bom tempo que ouvimos falar da Mistwalker,a produtora foi responsável por alguns dos primeiros rpgs desta geração, Logo que largou a Square Enix Hironobu Sagakuchi lançou o Blue Dragon, um rpg infantil com um clima de Dragon Quest, a premissa não correspondeu as expectativas de seu criador,que depois tentou novamente com o Lost Oddysei utilizando traços de artistas famosos e musicas bem compostas, porém também não o satisfez, algum tempo depois a empresa anunciou seu próximo jogo, e não apenas isso, o próprio Sagakuchi deu várias entrevistas sobre toda a cautela e carinho que a equipe tinha pelo título? curiosos para ver no que deu? eu também estava.
Porém antes de adentrar no título gostaria de comentar um pouco sobre a simploria narrativa deste jogo, The Last Story é um RPG estranho neste quesito,apesar de extremamente simples, a história tem algo especial que poucos jogos possuem,"naturalidade entre personagens e cenário",o belo design dos personagens tentou fugir do lugar comum e devo dizer que em alguns casos fizeram um bom trabalho.
Enredo: No passado o mundo sofreu com uma grande guerra, o que acabou por dividir o grande império que tomava suas terras em várias províncias, essas províncias iniciaram uma enorme guerra cívil depois que o imperador morreu, a guerra chegou a um estado de guerra fria quando o Duke de Lazulis repentinamente surgiu com uma arma muito poderosa que passou a ser conhecida como "O canhão de Lazulis", e intrigas políticas passaram a fazer a guerra em vez de armas. Neste cenário seu grupo é contratado por um Duke de outra província para destruir o canhão de Lauliz, mesmo que fosse para reiniciar a guerra, isso não importava pois a jornada dos personagens neste jogo é para melhorar de vida, mercenários são vistos como descartáveis, sem honra e perigosos, e ate mesmo um deles próximo de um cidadão o faz temer, já cansados desta vida seu personagem e o melhor amigo dele Dragan, tem um sonho "Se tornar um cavaleiro". Para Zael e Dragan não importa o que vão fazer em Lazulis, o que importa é apenas trazer uma vida melhor de respeito, luxo e honra para si e para seus companheiros, porém ao chegar em Lazulis outras oportunidades começaram a saltar os olhos dos dois.
Com está premissa The Last Story tem uma narrativa fluida,em uma história cheia de nobres pomposos, cavaleiros preguiçosos que se orgulham de seus status e por ter uma vida tão boa e calma enquanto os outros sofrem para conseguir dinheiro e claro romance, entretanto a narrativa apesar de coerente é falha ao desenvolver todos os temas que apresenta ao jogador, obviamente isto é um jogo e não vamos procurar detalhes que um bom livro pode oferecer, mas muitas coisas com relação ao mundo do jogo simplesmente ficam sem nem ser citadas, algumas afirmações são largadas no ar, e ficam no ar ate o fim do jogo sem ser desenvolvidas, dando a idéia de que o jogador deve imaginar "como é" o mundo, um outro grave problema que afeta uma boa parte da trama do jogo é com relação ao poder do protagonista que deixa alguns eventos sem sentido, fazendo por muitas vezes você se indagar "ue mas ele poderia fazer isso...", porém apesar de todos estes problemas, o jogo conta com um bom elenco de personagens e a naturalidade com que o enredo flui torna a experiência gratificante apesar das falhas.
Jogabilidade: The Last Story é mais um daqueles jogos "Jrpgs estão muito ultrapassados precisamos inovar", então já com isso em mente fui esperando um sistema de combate estranho e encontrei um que mesclou diversas funcionalidades de outros jogos com a mesma premissa, infelizmente o resultado final não saiu tão satisfatório como poderia, o jogo oferece poucas opções e por muito tempo se apoiá em sistemas parecidos, e outras vezes retirados de jogos que nem são rpgs, como stealth.
A batalha funciona em tempo real, assim como em Xenoblade é possível movimentar seu personagem e ao se aproximar dos monstros ele atacará automaticamente, ha um botão de bloqueio e um outro para esquivas, as batalha teriam sido bem mais funcionais se o jogo oferecesse mais opções de ataque, e desse mais possibilidades de controle sobre seu grupo, a baixa dificuldade também não colabora, mas a experiência é de fato inovadora, pena que não funciona bem para um rpg, você pode se esconder atras de um obstáculo no cenário e atacar um monstro desprevenido iniciando um combate, ou pedir para seus companheiros destruirem pedaços dos lugares, como pontes para facilitar sua vida, uma pena que tudo isso é muito previsível, e os locais de batalha são todos definidos, ou um sistema assim não funcionaria afinal, a maior parte dos combates são parecidos também, salvo os chefes que são um belo espetaculo de se enfrentar, as batalhas normais salvo raríssimas se resumira ao que você faz sempre.
Como o jogo é curto os personagens sobem de nível muito rápido, cada um possui 3 habilidades que você pode comandar para que os mesmos usem a qualquer momento a gasto de uma pequena barra de "comandos" que vai enchendo a medida que fazemos ações, no fim foi um jogo que tentou inovar muito e acabou misturando muitas coisas, não conseguindo fazer com perfeição a ação, nem com perfeição a estratégia, porém é uma experiência diferente.
Trilha Sonora/Gráficos: Citarei apenas que os gráficos são bonitos para o Wii, não sei avalizar gráficos tecnicamente e não saberia apontar falhas, porém a trilha sonora é ótima, apesar de certas vezes mal posta, é notável quando uma musica do Uematsu começa a tocar em um combate o deixando mais empolgante ou dramático, o trabalho musical é muito bom e recomendo para aqueles que gostam dos trabalhos dele adquirir a trilha sonora deste jogo.
Em muidos: The Last Story é um rpg muito inovador que tentou mesclar vários aspectos de jogos que tentaram mudar os Jrpgs em uma unica proposta solida, porém não conseguiu aproveitar todo o potencial que tinha em seus sistemas,sofrendo com inimigos pre-definidos, cenários de batalha pre-definidos, dungeons curtas (apesar dos ótimos chefes), no fim da jogatina a história agradável e os bons diálogos te trazem satisfação.
Historia: 7 / 10
Jogabilidade: 6 / 10
Trilha Sonora: 8 / 10
Dificuldade: 4 / 10
Extras: 4/ 10