Shin Megami Tensei: Strange Journey

O jogo se passa no inicio do século 21, quando um colapso atômico acontece no Polo sul e causa uma anomalia conhecida como Schwarzwelt, que consiste em uma grande grande massa negra que vai aumentando gradativamente, ameaçando consumir o planeta todo o planeta. Quatro times são enviados para a Antártica a procura de solucionar e investigar o problema, eis ai que entra o jogador...

História:
O jogador entra no jogo como um soldado americano(na versão japonesa é um soldado japonês) membro da equipe Red Sprite, liderada pelo comandante Gore.
O interessante aqui na história é que todos partem rumo ao desconhecido e a trama consegue passar esse clima de descobrimento para o jogador. A cada descoberta que o time faz o jogador vai enfrentando novos dilemas, e é ai que ele fará escolhas que afetarão qual lado ele irá seguir, a inicio afetando apenas o alinhamento do personagem, mais logo as escolhas também afetarão a história.

Jogabilidade:
A movimentação ocorre em primeira pessoa, com batalhas aleatórias (em sua maioria) baseadas em turnos. Conforme o  jogador vai explorando o mapa, ele vai sendo desenhado na tela inferior do DS.
A exploração ficou interessante devido a certos elementos como os App que o jogador vai adquirindo, que consistem em aplicativos que fazem por exemplo com que o jogador veja no escuro, consiga ver inimigos especiais espalhados pelo mapa entre outros. Também ha aplicativos que afetam diretamente o jogador e não só os mapas como por exemplo os que reduzem a quantidade de batalhas aleatórias, maior chance de receber itens fora da batalha e por ai vai.
Quanto as batalhas, quem já jogou algum Shin Megami não terá dificuldade em aprendizado, os  comandos tradicionais estão todos lá: Ataque, Gun, Talk, Itens, Skills e Run. A única mecânica diferenciada, os ataques cooperativos que consistem em um dano adicional por explorar uma fraqueza do oponente, mais para que ele seja executado é necessário  que se tenho pelo menos um aliado dos três que se pode levar para batalha no mesmo alinhamento. Vale também destacar o comando Talk e suas negociações com os demônios, que podem ter diversos resultados como recrutar os demônios, ganhar itens, Macca (moeda do jogo) e se a negociação falhar até mesmo um ataque surpresa. A fusão de demônios também está presente e está muito bem trabalhada, sendo rápida e sem complicações.

Gráficos:
Os gráficos são bem detalhados no geral, os cenários tem uma boa variação e cada ambiente novo tem seu próprio tema. O problema é que como o jogo é grande é inevitável que os cenários comecem a ficar familiares e em certas partes com backtracking eles acabam ficando chatos.
As animações em batalha também não são das mais detalhadas ou diversificadas e os oponentes não tem animação, o que é um ponto que eu queria ver melhorar na série, mais não é nada que atrapalhe ou tire o foco do jogo.

Música:
As músicas são bem diferentes e tem um estilo SCI-FI com corais em tons graves e caracterizam de forma magistral o clima do jogo. O único problema é que são poucas faixas, mais todas tem uma excelente qualidade.

Dificuldade:
A dificuldade é de media para difícil (principalmente em lutas contra bosses), muitas vezes pode acontecer de você estar indo muito bem em uma batalha e de repente um inimigo fraco solta um Mudo no personagem principal e pronto, é game over. O maior destaque é para as lutas contra chefes que fazem com que o jogador tenha que dar o seu máximo e muitas vezes até remanejar totalmente o grupo a fim de uma estratégia mais eficiente. Em geral a dificuldade é bem consistente e se mantém em nível ideal.

Replay/Extras:
Outro quesito muito forte no jogo. O game conta com três rotas diferentes para o jogador tomar, muitas EX MISSIONS (ou side quests),vários records, que são como Achievements, liberados ao cumprir certos requisitos, além de chefes extras em um New Game +.


Tempo para se completar: 40 para a campanha e  80+ para os extras.

Prós
+ História com clima único.
+ Jogabilidade sólida, e direta, com uma pegada oldschool.
+ Dificuldade consistente.
+ Alto valor de replay.

Contras
- Poucas faixas musicais.

9

Última edição por MrLinx em 22/11/13, 11:26 am, editado 1 vez(es)

Quase 10! Dentre os disponíveis no DS ainda tenho Devil Survivor como prioridade, mas a história de Strange Journey parece mais importante dado ao tom mais sério. A questão das animações, ainda que tenha sido citada como algo ínfimo a qualidade real do título, é algo que gostaria de ver melhorarem também; ao menos, porém, no caso de SJ é melhor que o Devil Survivor em que os inimigos na batalha são estáticos — até mesmo no Overclocked.

Parabéns pelo texto Linx.

Hazuki, eu acho a história do Devil Survivor melhor, o jogo é mais focado nela e apesar do DS ser mais "colorido" em ambos os jogos tem demônios matando gente na cara dura, sem história de ficar se evadindo do que realmente está acontecendo como ocorria em vários jogos recentes, mas já está melhorando.


Quero rejogar essa bagaça agora, mas tenho medo da overdose de MegaTens, se bem que isso nunca foi problema no passado

Hazuki escreveu:

Quase 10! Dentre os disponíveis no DS ainda tenho Devil Survivor como prioridade, mas a história de Strange Journey parece mais importante dado ao tom mais sério. A questão das animações, ainda que tenha sido citada como algo ínfimo a qualidade real do título, é algo que gostaria de ver melhorarem também; ao menos, porém, no caso de SJ é melhor que o Devil Survivor em que os inimigos na batalha são estáticos — até mesmo no Overclocked.

Parabéns pelo texto Linx.

O que acho interessante nessa história é como citei, tem um clima de descobrimento muito bem elaborado, já a história do Devil Survivor tem um clima mais tenso e acho ela um pouco melhor, mais não muita coisa. Essa questão de animação é interessante porque quando você pega um Dragon Quest mais antigo e sem animações você não acha nada ruim, mais quando você joga um mais novo e com animações o jogo acaba tendo um charme a mais.

Ah e obrigado Hazuki, quem sabe um dia chego a sua maestria em reviews. Eu mudei um pouco o meu esquema de pontuação porque antes eu apenas fazia uma média das notas, mais comecei a perceber que mesmo o jogo tendo gráficos ruins por exemplo, isso pode ser um fator que não afetará a diversão no jogo, por isso decidi dar uma nota separada e não mais fazendo uma média de todas.

GigaHero escreveu:

Hazuki, eu acho a história do Devil Survivor melhor, o jogo é mais focado nela e apesar do DS ser mais "colorido" em ambos os jogos tem demônios matando gente na cara dura, sem história de ficar se evadindo do que realmente está acontecendo como ocorria em vários jogos recentes, mas já está melhorando.


Quero rejogar essa bagaça agora, mas tenho medo da overdose de MegaTens, se bem que isso nunca foi problema no passado

Eu também acho ela um pouco melhor como citei acima, ela envolve mais tensão e usa um esquema de maneira excelente, sem complicar a jogabilidade.

Eu mesmo já estou com vontade de joga-lo novamente, mais acho que vou esperar um tempo para não enjoar no meio do jogo.

GigaHero escreveu:

Hazuki, eu acho a história do Devil Survivor melhor, o jogo é mais focado nela e apesar do DS ser mais "colorido" em ambos os jogos tem demônios matando gente na cara dura, sem história de ficar se evadindo do que realmente está acontecendo como ocorria em vários jogos recentes, mas já está melhorando.

Quero rejogar essa bagaça agora, mas tenho medo da overdose de MegaTens, se bem que isso nunca foi problema no passado

É, devo ter formulado uma percepção errada pelo fato de Strange Journey ser também mais relacionado com as raízes da franquia. Jurava que Devil Survivor tinha um plot mais light, porém se não é o caso é ótimo do mesmo jeito.

MrLinx escreveu:

O que acho interessante nessa história é como citei, tem um clima de descobrimento muito bem elaborado, já a história do Devil Survivor tem um clima mais tenso e acho ela um pouco melhor, mais não muita coisa. Essa questão de animação é interessante porque quando você pega um Dragon Quest mais antigo e sem animações você não acha nada ruim, mais quando você joga um mais novo e com animações o jogo acaba tendo um charme a mais.

Ah e obrigado Hazuki, quem sabe um dia chego a sua maestria em reviews. Eu mudei um pouco o meu esquema de pontuação porque antes eu apenas fazia uma média das notas, mais comecei a perceber que mesmo o jogo tendo gráficos ruins por exemplo, isso pode ser um fator que não afetará a diversão no jogo, por isso decidi dar uma nota separada e não mais fazendo uma média de todas.

Na época dos primeiros DQ existiam muitas limitações, já hoje não vejo tantas desculpas pra deixarem de animar os monstros nos confrontos para um jogo. Mas, assim como você apontou, essa é uma questão simplória e em alguns casos ínfima se comparada com toda a qualidade dissertada.

Sobre sua pontuação digo que o fator principal foi muito bem destacado; a diversão é uma das coisas majoritárias mesmo que diante de alguns problemas. E quanto aos meus textos,faço o mesmo que todos nós, me expresso. De qualquer forma obrigado Linx!

Já perdi dois saves desse jogo, uma vez no quarto mundo, e outra no segundo quando recomecei.

Eu vou tentar jogar mais uma vez agora pois deu vontade, mas se acontecer de novo vou esquecer, recomeçar do zero um game desses é deprimente.

Achei melhor que o Survivor na questão de ambientação, pois não gostei do design genérico dos personagens dele, sem falar que o strange é umas cinco vezes mais difícil.

Animação de monstros 2D ainda é trabalhoso-mor, Hazuki, poucos jogos fazem isso, ainda mais na série que o Artwork do Kazuma Kaneko é destaque, quanto mais detalhado mais difícil de animar, a alternativa é usar modelos 3D mesmo.

DQ tem animações muito bacanas, mas o bestiário é muito menor e existe muitas variações do mesmo inimigos no jogo e o sprite-work é mais simples (Além de que eles vem desenvolvendo as animações desde o SNES, aí fica mais fácil, questão de Know-how)

Hazuki escreveu:

MrLinx escreveu:

O que acho interessante nessa história é como citei, tem um clima de descobrimento muito bem elaborado, já a história do Devil Survivor tem um clima mais tenso e acho ela um pouco melhor, mais não muita coisa. Essa questão de animação é interessante porque quando você pega um Dragon Quest mais antigo e sem animações você não acha nada ruim, mais quando você joga um mais novo e com animações o jogo acaba tendo um charme a mais.

Ah e obrigado Hazuki, quem sabe um dia chego a sua maestria em reviews. Eu mudei um pouco o meu esquema de pontuação porque antes eu apenas fazia uma média das notas, mais comecei a perceber que mesmo o jogo tendo gráficos ruins por exemplo, isso pode ser um fator que não afetará a diversão no jogo, por isso decidi dar uma nota separada e não mais fazendo uma média de todas.

Na época dos primeiros DQ existiam muitas limitações, já hoje não vejo tantas desculpas pra deixarem de animar os monstros nos confrontos para um jogo. Mas, assim como você apontou, essa é uma questão simplória e em alguns casos ínfima se comparada com toda a qualidade dissertada.

Sobre sua pontuação digo que o fator principal foi muito bem destacado; a diversão é uma das coisas majoritárias mesmo que diante de alguns problemas. E quanto aos meus textos,faço o mesmo que todos nós, me expresso. De qualquer forma obrigado Linx!

As animações devem ser complicadas de inserir também devido ao fato da quantidade de oponentes que o jogo apresenta( como o Gifa citou abaixo), pois aqui não é como em DQ onde temos por exemplo os slimes de troçentas cores sem variações de design.

Krod escreveu:

Já perdi dois saves desse jogo, uma vez no quarto mundo, e outra no segundo quando recomecei.

Eu vou tentar jogar mais uma vez agora pois deu vontade, mas se acontecer de novo vou esquecer, recomeçar do zero um game desses é deprimente.

Achei melhor que o Survivor na questão de ambientação, pois não gostei do design genérico dos personagens dele, sem falar que o strange é umas cinco vezes mais difícil.

Também acho a ambientação melhor, mas prefiro a história do Devil Survivor, e perder o save nesse jogo é foda, porque tem que criar uma baita animação para começar a explorar tudo de novo, quadradinho por quadradinho.

GigaHero escreveu:

Animação de monstros 2D ainda é trabalhoso-mor, Hazuki, poucos jogos fazem isso, ainda mais na série que o Artwork do Kazuma Kaneko é destaque, quanto mais detalhado mais difícil de animar, a alternativa é usar modelos 3D mesmo.

DQ tem animações muito bacanas, mas o bestiário é muito menor e existe muitas variações do mesmo inimigos no jogo e o sprite-work é mais simples (Além de que eles vem desenvolvendo as animações desde o SNES, aí fica mais fácil, questão de Know-how)

Concordo com você que o bestiário é menor, e se for pra reduzir o numero de monstros a fim de uma animação, não compensa (pelo menos não em um Shin Megami como esse).

Quanto ao design dos monstros realmente são muito detalhados e criativos, eu me apaixonei pelo design do Seraph:

Esse jogo é uma joia rara para o DS.
Praticamente não haverá um RPG com um clima e ambiente onde a história se desenvolve como esse para o portátil.

Entre dezenas de ursinhos de pelúcia jogando coraçãozinhos nos inimigos, pelo menos o Strange Journey é aquela menina de calcinha desabrochando o lado maléfico e alegrando a noite de sábado da gurizada na bandeirantes

Krod escreveu:

Já perdi dois saves desse jogo, uma vez no quarto mundo, e outra no segundo quando recomecei.

Eu vou tentar jogar mais uma vez agora pois deu vontade, mas se acontecer de novo vou esquecer, recomeçar do zero um game desses é deprimente.

Também já perdi saves nesse jogo, e recomeçar a jogar seria muito difícil e demorado, por isso até hoje não voltei mais para o jogo.

Mas é muito foda.

GigaHero escreveu:

Animação de monstros 2D ainda é trabalhoso-mor, Hazuki, poucos jogos fazem isso, ainda mais na série que o Artwork do Kazuma Kaneko é destaque, quanto mais detalhado mais difícil de animar, a alternativa é usar modelos 3D mesmo.

DQ tem animações muito bacanas, mas o bestiário é muito menor e existe muitas variações do mesmo inimigos no jogo e o sprite-work é mais simples (Além de que eles vem desenvolvendo as animações desde o SNES, aí fica mais fácil, questão de Know-how)

As animações do Kaneko são mesmo ricas — as acho fantásticas —, porém ele ficara responsável pelos designs dos demônios de ambos Strange Journey e Devil Survivor, e no primeiro temos animações enquanto no segundo não. Não sei o número de demônios disponíveis nos dois, mas de qualquer forma é claro que se deixam isso de lado, pelo trabalho como você mencionou, agilizam o lançamento.

MrLinx escreveu:

As animações devem ser complicadas de inserir também devido ao fato da quantidade de oponentes que o jogo apresenta( como o Gifa citou abaixo), pois aqui não é como em DQ onde temos por exemplo os slimes de troçentas cores sem variações de design.

Como Giga citou e você também é fato que em DQ existem diversas variações de cores entre mesmos inimigos, então facilita e muito. Todavia, só de apreciar a arte do Kaneko, independente da forma, já é algo muitíssimo válido.

Anyway, esse é um pequeno detalhe mesmo.