Valkyria Chronicles

PlayStation 3 

Desenvolvedora: SEGA Wow | Publicadora: SEGA

1 Jogador | Lançamento: 4/11/08 (América do Norte)

Squad 7, move out!

Motivos diversos podem fazer com que se adentre a guerra, que faça com que uma pessoa simples e pacata carregue nas mãos uma pesada arma para defender nações e ideais. O que a trama do estratégico Valkyria Chronicles deixa frisado é justamente esse envolvimento por pessoas que mesmo tendo objetivos distintos e divergentes duma zona de conflito, se vêem obrigadas a participarem dos mesmos uma vez que sua residência, Gallia, encontra-se ameaçada pela Europan Imperial Alliance. O motivo dessa invasão se dá na disponibilidade do Ragnite no país, um mineral cujas propriedades são empregadas de diversas maneiras, desde um item para a cura de soldados até mesmo como força para mover tanques. O desenrolar da história ainda engloba toda uma fictícia Europa com o passado e presente da raça das Valkyrias e outros residentes específicos; a adesão da fantasia em meio a rifles, metralhadoras e tanques é particularmente apreciável.

A expulsão dos invasores de Gallia também representa eventos com traição, vingança e sacrifício. Esta busca pela paz é felizmente ainda mais empolgante por fugir um pouco do cair na mesmice do bem contra o mal pela fantasia citada, que pela questão das Valkyrias, sua história, e seus poderes, tornam um conto mais rico.

Valkyria Chronicles no seu lado jogabilidade é algo bem único. Ele consegue criar uma confraternização entre estratégia e tiro em 3ª pessoa pelo seu também exclusivo sistema BLiTZ, ou Battle of Live Tactical Zones. Mesmo com os ares de algo possivelmente mais dinâmico e carregado de ação que controles duma mira ou personagem possam dar, é imprescindível saber onde colocar cada personagem sob suas limitações de movimentos, ações e armamentos. A fuga do padronizado, do mover personagens como peças de tabuleiros numa grade, é que eleva os embates; é sobre a chance de mirar e focar com um Sniper e acabar com um inimigo com um só tiro numa colina com um famoso e deleitoso headshot.

Objetivos de cada missão não são tão diversificados e na maioria das vezes condizem com a ocupação duma base ou destruição dum inimigo específico, mas é o andar da carruagem que faz realmente a santa diferença. Um confronto pode durar mais de uma hora e mesmo considerando isso um pouco cansativo — ainda que obviamente variável de pessoa a pessoa —, a possibilidade de salvar a qualquer momento está lá para se dar uma pausa ou, melhor indicando, evitar ter de começar tudo de novo. A dificuldade sob medida e também a morte permanente possível e acarretada a personagens secundários são dois fatores exemplares que exigem certo cuidado no que fazer, entre como, quem, e quando mover um soldado da sua milícia.

Ainda que firme-se entre confrontos como singular o outro lado de Valkyria é algo mais direto no que diz respeito ao desdobrar da história, treinar, evoluir e equipar seu exército, ou mesmo aprimorar seu tanque. Tem muitos textos para quem deseja aprofundar-se no universo de Europa, seja sobre eventos principais, pessoas ou até mesmo armamentos e seus glossários que visam detalhar quanto aos currículos bélicos. Com tantos personagens que compõem nossa equipe é uma pena não ver alguns secundários ganharem lugar na história principal como os principais Welkin Gunther e Alicia Melchiott, mas talvez seja o preço a ser pago por algo mais incisivo sobre um determinado grupo de pessoas e sob um desenvolvimento linear.

Até a engine gráfica também segue a exclusividade sob o nome de CANVAS, ou um lindo e competente cel-shading tanto para gráficos in-game quanto CGs. Gostaria que os cenários fossem um pouco mais vivos e também quem sabe com mais variações climáticas, mas tá tudo bem. Curti muito a dublagem, principalmente de Welkin que empolgava a cada “squad 7, move out!”, e as músicas também foram agradáveis e ao meu ver sustentaram bem a guerra a que se destinam; tenho preferência pelo tema, que não é do compositor principal Hitoshi Sakimoto (o qual sou fã), e a faixa que toca no castelo de Randgriz.

Foi aqui que encontrei mais uma amostra do que se é capaz na busca de algo que represente o dizer “inédito”. Valkyria Chronicles é uma estratégia repensada ao aproveitar elementos de outros gêneros e criar algo de fato novo.

+

• U$21.90 no Play-Asia.

• O jeito é conhecer mais do esquadrão através do anime que com certeza assistirei!

• Hoje com três títulos na série, Valkyria Chronicles viu seu 2º episódio localizado. Os dois últimos são para PSP, sendo que VCIII está oficialmente restrito ao Japão, embora fãs estejam trabalhando para reverter o caso. 

• Apesar do lançamento em 2008 até hoje DLCs de U$3 cada encontram-se disponíveis na PSN. 

Pronto, postado!

Um dos melhores RPGs de PS3, quem não jogou ainda, jogue!

Sem sombra de dúvidas!

Muito bom.
Comprei o VC2 de PSP já faz certo tempo, e inclusive já assisti ao anime, mas não tenho coragem de começar a jogar a continuação antes de jogar o primeiro da série. Somente agora que saiu para PC é que finalmente posso me arriscar a adquirir o jogo, já que não está nos planos um PS3. Só estou esperando uma daquelas promoçõezinhas legais da Steam ou dos Bundles.
Mas fica a dica para quem - além de mim - não tem e não pretende comprar um PS3.

Quem é fã de estratégia merece mesmo conhecer Valkyria Chronicles. Também penso como você @ZEMO, prefiro conhecer uma franquia na ordem que ela é lançada. Não sei se há muita conexão de enredo entre VC1, VC2 e 3, mas sei que cada um tem uma gama de personagens distintos; talvez nem seja tão crítico começar do 2º ou 3º.

Todavia deixar a oportunidade de jogar o Valkyria original é uma lástima, e sem dúvida essa nova chance que a SEGA deu via Steam/PC não pode passar despercebida.