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PENNY ARCADE ADVENTURES 3
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Com muito bom humor, um auto-escracho de primeira e a estética retrô de RPGs do Super Nintendo, Penny Arcade Adventures: On the Rain Slick Precipice of Darkness 3 é um jogo que merece entrar no seu radar. Ele tem um visual pixelado de Chrono Trigger, Star Ocean, Breath of Fire e afins, além de uma mecânica clássica, mas modificada para ser mais divertida do que complexa. É uma piada cheia de ironia sobre os games e os jogos retrô, mas da maneira mais apaixonada possível.

Quem acompanha a comunidade de webcomics dos EUA sabe que Penny Arcade é sinônimo de games, quadrinhos e piadas escatológicas bem feitas. Ao longo de 14 anos, os fundadores Jerry Holkins e Mike Krahulik (conhecidos pelos seus alteregos Tycho e Gabe, respectivamente) já criaram uma grande comunidade. Entraram na lista das 100 pessoas mais influentes do mundo da revista Time (em 2010) e têm sua própria convenção anual (PAX). Eles, inclusive, acabam de lançar uma corajosa campanha no Kickstarter para acabar com a publicidade no site, o que mostra a sintonia deles com seu público.

Outra prova dessa sintonia é o terceiro episódio de Penny Arcade Adventures: On the Rain Slick Precipice of Darkness, série que começou em 2008. Esse capítulo é uma viagem com roupagem nostálgica pelo universo criado nos dois games anteriores, mas com o mesmo humor intenso dos quadrinhos produzidos pela dupla, desenrolado em horas de exploração de dungeons e mapas em 16-bit. É um jogo que ri de si mesmo, dos outros jogos, de mim e de você – mas da melhor maneira possível.


Você nem precisa ter acompanhado os dois primeiros jogos para entender as piadas do terceiro. O estúdio Zeboyd Games, responsável por PoD 3, decidiu tomar rumos bem diferentes dos jogos anteriores, tanto em termos de narrativa quanto estéticos. A produtora resolveu focar menos no desenrolar da história e mais em conteúdo prático, como armas, magias, inimigos e fases.


Mas não é como se os primeiros jogos tivessem sido ignorados. As primeiras dungeons de Precipice of Darkness 3, na verdade, são adaptações de fases importantes dos jogos anteriores, como a Boardwalk (PoD 1) e a hilária vila de mendigos (PoD 2) – tudo completamente readaptado para o visual retrô, claro. Existem até algumas explicações sobre os eventos anteriores, e, se você não entender alguma coisa, pode conferir no site oficial toda a história da série.



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O drama de Trials Evolution na tira do Penny Arcade

Gabe e Tycho continuam tocando uma agência de investigação sobrenatural e, como sempre, não existem muitos clientes para atender. Depois de receberem uma ligação de um palhaço mímico (ou dez minutos de silêncio, depende do ponto de vista), os aventureiros voltam a investigar novas pistas sobre o culto em volta do Necrowombicon, um livro relacionado a deuses do sobrenatural e outras forças ocultas – como os dois deuses-vilões despachados por Gabe e Tycho anteriormente.

Nos primeiros games, a dupla já havia encontrado o livro, que depois foi supostamente guardado em um “cofre” (que na verdade não passa de um armário de madeira). Na manhã seguinte à ligação do mímico, os heróis descobrem que Dr. Blood – que havia os ajudado a capturar o livro em PoD 2 – misteriosamente roubou o Necrowombicon do escritório, então Gabe e Tycho decidem ir atrás do antigo parceiro. Em pouco tempo, eles se vêem tendo que salvar o universo, ou pelo menos a cidade de New Arcadia, mais uma vez.

A mecânica de batalha foi simplificada e não há encontros aleatórios com inimigos. Então você vai passar menos tempo se preocupando em evoluir seus personagens, e mais tempo prestando atenção nos principais pilares do jogo, que são o estilo 16-bit e toda a diversão das piadas e referências sobre videogames que estão por toda parte.

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Precipice of Darkness 3 não se leva nem um pouco a sério, em nenhum momento. A sátira é tamanha que muitas vezes você verá os seus personagens fazendo graça com o fato de que são feitos de pixel, ou como as histórias de RPGs são mirabolantes demais até mesmo para o gênero da fantasia, ou como tantos outros estereótipos do mundo dos games são simplesmente ridículos. E fazer piada disso sem soar exclusivamente irônico – ou desrespeitoso com os fãs – é uma árdua tarefa que os criadores souberam cumprir muito bem.

Esse hilário catálogo de referências da cultura gamer é usado tanto para debochar quanto para reverenciar os videogames. É difícil não rir dessa auto-depreciação do jogo, que faz questão de lembrar que a busca nostálgica pelos games e toda sua estética do passado não só é inatingível, como não faz mais sentido quando se vive em uma indústria que conseguiu superar suas limitações técnicas há muitos anos.

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O momento mais explicitamente referencial acontece quando os heróis devem realizar uma tarefa simples: invadir um banco e roubar o conteúdo de um dos cofres. Na procura pelo cofre, eles entram em uma dimensão paralela. Os personagens, de repente, se encontram em um reino medieval que precisa da ajuda de heróis mágicos. A partir de então, o visual muda para 8-bit, entrando em uma era ainda mais antiga dos games, e a história se desenrola em referências a RPGs clássicos: um reinado em apuros; uma típica vila com uma loja de armas (onde você não pode comprar nada porque se vendem apenas espadas – e no seu grupo, ninguém usa espada) e uma pousada, onde você não precisa dormir porque seus personagens já recarregam a vida no final de cada luta.

Além disso, no universo medieval você passa por uma área onde é possível andar em um mapa do mundo com os seus personagens em miniatura (como fazíamos até Final Fantasy IX, lembram?).

Precipice of Darkness 3 acaba sendo o trabalho mais auto-referencial da dupla Penny Arcade. Se você acompanha os quadrinhos, vai passar horas rindo das piadas e pequenas referências acumuladas no jogo. Se você está procurando um bom RPG que lembre os clássicos do SNES, mas não quer lidar com a mecânica limitada dos games daquela época, PoD 3 será o RPG indie-com-cara-de-antigo mais divertido que você jogará em muitos anos.


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Penny Arcade se tornou um dos nomes mais importantes da indústria dos games, e depois de 14 anos já faz parte da história da cultura pop na internet. Penny Arcade Adventures: On the Rain Slick Precipice of Darkness 3 chega para coroar esse momento através de um conjunto de referências muito divertidas sobre a história dos RPGs. Ele vem para prestar uma homenagem aos games, e ao mesmo tempo lembrar que os jogos, antes de tudo, não devem ser levados tão a sério – um conceito que parece ter se perdido entre os jogos e seus jogadores nos dias de hoje.
Plataformas: PC, Xbox 360 (em breve também para Mac, iOS & Android)
Desenvolvimento: Zeboyd Games Distribuição: Penny Arcade/TinkerHouse Games
Lançamento: 25 de junho de 2012
Preço: Aproximadamente R$ 10,00 (ou US$ 4,99 no Steam, 400 MS Points)


Review tirada do site Kotaku BR

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Essa série me parece muito legal, baixei o primeiro uma vez mas ficou pedindo serial. Num encontrei serial nem crack em lugar algum, acho q essa serie só comprando mesmo, então infelizmente não jogarei Crying or Very sad


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