Sem muito o que fazer no dia de hoje, resolvi testar o recém lançado remake da Square Enix, o famigerado Dragon Quest VII: Fragments of the Forgotten Past.
Com certeza é o título da série que mais traz controvérsias, e é um daqueles jogos que ou você adorou ou que detestou. não há meio termo.
Em resumo, o seu original do PS1 era para ter sido lançado em 1997, mas com tantos atrasos, brigas internas e até judiciais, acabou saindo só em 2000, já com um visual muito abaixo, principalmente para o ocidente.
Terminei ele somente em 2008, e me levou à uma aventura de mais de 130 horas
Analisando o Remake
Estava muito interessado em saber como estariam as coisas no novo jogo, principalmente por esperar um total retrabalho no visual e um ganho significativo nas músicas.
Falando nas OSts, em especial, a curiosidade era ainda maior, pois considero o jogo totalmente no meu TOP máximo desse quesito, e não me decepcionei ao ouvir a abertura tradicional da série na tela de título.
Uma de minhas TOP3 OSTs preferidas de todos os RPGs que joguei até hoje.
Como dito antes, era um jogo que merecia, acima de tudo ser todo retrabalhado graficamente, além de adequar sua engine para os padrões modernos da série Dragon Quest que, reconhecidamente, a partir do oitavo título do PS2, atingiu mais os jogadores com sua nova engine.
E nesse caso, Dragon Quest VII faz bonito. É um novo jogo sem manchar o seu passado, ou seja, as características dos cenários, como a localização de cada NPC, casa, barril, jarro e baús continuam intactos, assim como o uso dos botões L & R para movimentar a câmera, mas tudo está perfeitamente remodelado, e o ângulo de visão destacando os personagens é incrível.
A segunda tela do 3DS, de baixo, foi muito bem esquematizado também.
Você tem nela todos os detalhes dentros das vilas, assim como dungeons e no World Map.
Falando em World MAp, que delícia percorrer aquelas planícies vastas com um ângulo de visão super aberto e com total liberdade. Esse foi o ponto que mais me agradou, pois essa engine me pareceu superior até que o oitavo título e logo superior aos remakes anteriores para o NDS dos Dragon Quests IV, V e VI.
Contras
Eu sei reconhecer, hoje em dia, os inúmeros erros feitos na época pela Enix, e nem de longe aconselho o original a ser jogado dentre uma biblioteca gigantesca de grandes RPGs do PS1 que são infinitamente melhores que ele.
E muitos destes erros eu esperava que fossem corrigidos no remake, e o problema mais sério, infelizmente não foi.
O jogo realmente demora muito para engrenar, e como na época, e igual hoje, vai afastar muitos jogadores logo no início dele. O jogo continua fiel a tudo como coloquei antes, e ter que esperar até, pelo o que eu lembre, quase 3 horas para ter a primeira batalha, vai acabar fazendo muitos jogadores desistirem da jogatina.
Veridito
É um jogo que recomendo o remake, mas que irá instigar bem poucos jogadores até concluí-lo, e a superioridade de um centena de horas é algo muito fora do comum, especialmente nos dias de hoje, o que deveria ter sido reajustado pela Square Enix.
Mesmo gostando do jogo, não tenho gás para voltar a jogá-lo novamente, devido a tudo já explicado, mas me anima ver que, pelo menos, a engine é muito atrativa, e demonstra que o oitavo título do PS2, revolucionou como nunca a série.